quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Audiência Pública sobre a Flexibilização do Registro Profissional de RP


O Conselho Profissional de Relações Públicas 1ª região – Rio de Janeiro – realizará no dia 8 de novembro Audiência Pública sobre a proposta do Sistema Conferp para flexibilizar o registro profissional para pós-graduados e tecnólogos em Relações Públicas.

A audiência é aberta para todos os profissionais, estudantes, jornalistas, publicitários, administradores e quem mais tiver interesse no assunto.

Para saber mais sobre a proposta, veja o hotsite da Consulta Pública > www.conferp.org.br/consulta

Participe! A flexibilização irá mexer com o mercado de trabalho em Comunicação e por isso deve ser amplamente discutida.

SERVIÇO
Data: 08 de novembro de 2011
Local: Auditório da FACHA
Horário: A partir das 17h30

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cliente: um Ser Delirante

O desafio no relacionamento entre consultores de comunicação e seus clientes
Por Vitor Alves

Uma breve história elucidativa:

FILHO (chegando da escola): Mãe, tenho problema com bebidas.
MÃE: Oh meu Deus! Joãzinho, você só tem 6 anos. Isso é tudo culpa sua!
PAI: Minha culpa? Talvez se você passasse mais tempo com o seu filho...
MÃE (transtornada): Ah! Então nosso filho vê o pai bebendo, começa a ter problema  com bebidas e a culpa é minha?
PAI (indignado): Você é louca! Vou embora daqui.
MÃE (choramingando):  Tudo bem, filho, vamos ficar bem sem ele. Agora me conte do seu problema com bebidas...
FILHO: Se Pedro bebeu 1 litro de suco e José 2 litros de leite, quanto os dois beberam juntos?

adaptado de uma tirinha encontrada em buscas madrugada a fora pelo google.

Quem nunca passou por situações conflitantes, e às vezes constrangedoras, por não conseguir se comunicar de forma correta? Deixar claro a ideia que queremos transmitir sem que haja ambiguidades ou más interpretações não é tarefa das mais simples. Pois este é o desafio diário de consultores de comunicação. 
Seja para um trabalho de monitoramento permanente, seja para um acompanhamento periódico ou mesmo para uma atuação pontual, o trabalho de um consultor passa fatalmente pelo crivo de um personagem fundamental para o sucesso do trabalho: o cliente.
Imaginemos o perfil do cliente ideal: aquele que  ao contratar seus serviços de consultoria te apresenta a situação completa, te indica quais são e onde estão os problemas e sugere soluções pertinentes. Parece bom? Pois não é. O cliente é por essência um ser delirante. E não digo isso com tom pejorativo. Explico: o cliente tem naturalmente uma visão interna e institucionalizada o que o leva a uma perspectiva tendenciosa e um tanto viciada em relação a sua empresa. E é justamente essa perspectiva, aliada ao ímpeto de transpor determinado obstáculo de forma rápida, que leva o cliente a despejar uma avalanche de apontamentos acerca das dificuldades enfrentadas pela organização. Desde casos pessoais até as fofocas mais estrambóticas, é possível se deparar com histórias inusitadas e por vezes hilárias. Para o consultor, que não está inserido no cotidiano daquela instituição, a princípio tais levantamentos podem soar como delirantes.
Contudo, em 99,9% dos casos a resposta para as questões que afligem uma instituição está justamente nesses “delírios”. É necessário ter em mente que tanto o que se fala, quanto a forma como se fala fazem parte da cultura organizacional. É preciso ter ouvidos de ouvir. Para isso contrata-se um bom consultor, aquele que entende que seu trabalho começa no relacionamento com o cliente, minimizando preconceitos e se dispondo a escutar verdadeiramente. Quase sempre a causa real das dificuldades desponta após uma análise minuciosa daqueles comentários que, no começo, pareciam não ter relevância.
            O que alguns profissionais de consultoria se esquecem é que as decisões são tomadas em parceria, o que significa que mesmo o melhor plano de comunicação antes de posto em prática tem que ser aprovado pelo cliente. Assim, os argumentos clássicos de autoridade: “eu sou especialista nessa área, eu sei o que estou fazendo” ou “eu tenho anos de experiência nesse assunto” não são suficientes. Ao optar por um consultor, o contratante espera ver combinados uma boa formação acadêmica, experiência de mercado e o privilégio de uma visão externa à situação para se alcançar os objetivos almejados.
Portanto, para conquistar a confiança do cliente eu indico duas virtudes de um bom consultor: honestidade e humildade. Honestidade consigo mesmo e com o cliente acerca de suas capacidades e limitações, e humildade para ouvir suas proposições e não descartar detalhes importantes em meio aos “delírios” preciosos.
De resto, é só deixar a técnica e a experiência trabalharem remando a favor dos ventos do sucesso.

Vítor Nascimento é graduando do último período de Relações Públicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro  com experiência profissional no setor público e na iniciativa privada na área de comunicação interna. Atualmente, estagia na Assessoria de Comunicação Social da Universidade Aberta à Terceira Idade na UERJ onde também dá aulas como parte do seu projeto de conclusão de curso.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

UMA ORGANIZAÇÃO DE SUCESSO



Nos dias atuais, para que uma organização, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, mantenha-se no mercado competitivo é preciso muito mais que capital. Estar ˝conectado˝ às tendências já é um grande passo para ter mais chances de sucesso. É necessário estruturar a organização para que trabalhe com soluções dinâmicas, integrando departamentos e mantendo a comunicação direta sem ruído. Significa estar no controle da situação, conseguir acompanhar o ritmo das informações e é uma tarefa que exige mudança, principalmente na forma com que a organização se posiciona perante seu público, seja ele interno, externo, direto ou indireto.

Ter uma ótima imagem é essencial para a organização, credibilidade e satisfação são sinônimos de lucro. É preciso entender que a principal propaganda vem de dentro para fora, ou seja, funcionário feliz gera lucro. Com o resultado desta afirmação a organização passa a ter uma aceitação mais fácil no mercado em que está estabelecida.
É válido ressaltar também que a manutenção de uma marca é um trabalho contínuo, existem concorrentes e da mesma forma com que uma marca entrou no mercado, ela poderá sair rapidamente. Para tanto é preciso um departamento de comunicação eficaz, que consiga manter um bom relacionamento entre marca e mercado.

Atentar-se a possíveis crises não é pessimismo e sim precaução, o profissional de Relações Públicas dentro de uma organização poderá desenvolver um planejamento de prevenção e gerenciamento de crises, traçando situações reais e desenvolvendo dentro de uma visão estratégica soluções.

Uma organização de sucesso sabe como se posicionar perante a realidade, a Responsabilidade Social Empresarial não é filantropia apenas e sim uma estratégia para o posicionamento positivo dentro do cenário consumidor moderno. O que sua empresa faz de bom para seu redor?

O conceito de Responsabilidade Social não é tão complexo quanto se imagina, ações pontuais e por que não simples, causam um bom impacto perante o público. Seguindo a mesma linha de raciocínio de começar de dentro para fora, deve se estabelecer a ação de Responsabilidade Social junto aos funcionários, cabendo uma pesquisa de clima organizacional para saber o grau de satisfação dos colaboradores e, principalmente, o que melhorar.

Uma organização de sucesso é aquela que consegue estreitar laços de afinidade entre funcionário e empresa, assim gerando lucro e satisfação, isso é uma via de mão dupla. Pensem nisso empresários.

Gabriella Caldeirão é formada em Relações Públicas pela Universidade Metodista e atuante em assessoria de imprensa, administração de crises e comunicação organizacional.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Participe da Oficina CONRERP 2011 Como treinar Porta-vozes no dia 22 de outubro

Ao preparar a oficina Como treinar Porta-vozes, Lala Aranha teve como objetivo dar uma ampla visão aos participantes do universo em que este tema está inserido e de como tirar proveito de todos os momentos e espaços em que um porta-voz se apresenta. 

O treinamento acontece no dia 22 de outubro e tem a agenda composta por palestras, dinâmicas de grupo e exercícios destinadas a aprofundar conhecimentos e consolidar a cultura da melhor comunicação e a importância da atuação de porta-voz ao representar determinado setor da economia ou pensamento estratégico de uma organização. Para completar, uma palestra da Prof. Dra. Tania de Rezende Cozzi, fonoaudióloga e psicomotricista, sobre a Importância da Fonoaudiologia na preparação do porta-voz, profissional fundamental neste tipo de treinamento.


Ao final da Oficina espera-se que seus participantes tenham dominado as técnicas necessárias para harmonizar e consolidar discurso de gestores e porta-vozes em torno de mensagens e posicionamentos, além de reconhecer a perfeita postura dos seus treinandos frente a situações críticas de exposição pública. Embora o porta-voz atue em diversos fóruns, o fio condutor do workshop será sua atuação junto à imprensa, pois os jornalistas são considerados os “vigilantes” da sociedade. Por isso, podem ser agressivos, provocantes, conciliadores, arrogantes e investigativos. Fazem perguntas “quentes”, fora do script.

Muitas vezes, as empresas e as organizações acreditam que um treinamento para falar com a Imprensa é suficiente para preparar um porta-voz de qualidade. “O que pretendemos mostrar com esse curso é que nosso profissional de comunicação deve preparar seu porta-voz para ser um legítimo representante de um determinado segmento da sociedade, de um movimento ou pensamento, de um produto ou serviço lançado no mercado e de uma marca forte”, afirma Lala Aranha. E continua: já assisti um porta-voz passar dificuldades ou a rejeição de uma plateia por detalhes insignificantes que um bom treinamento na sua preparação poderia ter resolvido”.

Programa:

Manhã Tarde
09h30 às 10hs: Identificação, entrega de material e boas vindas do CONRERP. Até 14hs às 15hs: Estratégias para o Treinamento. O programa do treinamento.
11h30: Definição e Conceitos sobre Porta-voz e Fóruns. Exercício em grupo. Até 16hs: Logística, equipe e avaliações.
Coffee break: 10 minutos Coffe break: 10 minutos
Até 13hs: Glossário e Palestra: Importância da Fonoaudiólogia na proparação de um Porta-Voz. Até 17h30: Exercício de conclusão em grupo e apresentação: Um Guia para treinar Porta-vozes.
13hs às 14hs: Almoço 17h30: Encerramento.

Mais informações pelo site: www.conrerp1.org.br/oficinas2011.

Inscrições:
Secretaria do Conrerp/1ª. Região
Telefones: (21) 2224-9315 e (21) 2262-9352

Sobre os instrutores:

Lala Aranha, relações-públicas e publicitária, já participou como âncora e palestrante de vários treinamentos para executivos, personalidade políticas e profissionais da cultura nacional. É diretora da Teia de Aranha Comunicação. Em 2010 lançou o livro Cartas a um Jovem Relações-Públicas, Editora Elsevier. É membro do Conselho de Administração do WWF-Brasil. Dentre as organizações que a contrataram para treinar porta-vozes estão a AES, Arcelor Mittal, Camargo Corrêa, Coca-Cola Brasil, Eletropaulo, El Paso, Intelig, Philips do Brasil, Souza Cruz, Shell Brasil, SEBRAE SP, TIM Brasil, WWF-Brasil dentre outras.

Tania de Rezende Cozzi é fonoaudióloga e psicomotricista, bacharel na Faculdade de Fonoaudiologia da UFRJ e Mestre em Educação pela UFF (Linguagem, Subjetividade e Comunicação). Foi professora titular das Faculdades de Fonoaudiologia, Psicopedagogia e Psicomotricidade do IBMR, tendo participado como orientadora em várias Bancas Examinadoras. É especialista em Motricidade Oral, autora de livros infantis e técnicos como Psicomotricidade e suas Interações (org. Helena Marinha). Ed. Atlântica, RJ, 2005, Encontro de Pesquisas, UNI-IBMR, RJ, 2005, Manual de Avaliação Fonoaudiologia (coautoria) Ed. Revender, RJ, 2004. Tem escritório clínico particular desde 1987

Sobre as Oficinas Conrerp 2011:
As Oficinas Conrerp 2011 têm por objetivo complementar a formação na área das Relações Públicas e Comunicação Social. São destinadas a universitários, trainees e profissionais que buscam aperfeiçoamento profissional. As oficinas são compostas por uma agenda de cursos com duração de seis horas em um único dia, conduzido por profissionais com ampla experiência de mercado e que conhecem as necessidades das organizações que contratam os serviços de Relações Públicas. A curadoria das Oficinas Conrerp 2011 é da profissional de Relações Públicas, Lala Aranha, e integra o movimento de voluntários de RPs Relacione-se!, coordenado pela também relações-públicas Muriel de Paula.
Apoio:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

OFICINAS CONRERP 2011 – MAIS UMA AÇÃO DO RELACIONE-SE EM PARCERIA COM CONRERP RIO

As Oficinas Conrerp 2011 têm por objetivo complementar a formação na área das Relações Públicas e são destinadas a universitários, trainees e profissionais que buscam aperfeiçoamento profissional. São compostas por uma agenda de cursos com duração de seis horas em um único dia, conduzidos por profissionais com ampla experiência de mercado e que conhecem as necessidades das organizações que contratam os serviços de Relações Públicas. A curadoria das Oficinas Conrerp 2011 é da profissional de Relações Públicas Lala Aranha e integra o movimento de voluntários de RP Relacione-se!, feito em parceria com o Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - 1ª Região.

Com o formato de workshop, cada treinamento é dividido da seguinte forma: 40% de palestras para a fixação de conceitos, 50% de exercícios para as práticas e 10% para avaliação dos treinandos e do conteúdo. As oficinas serão realizadas aos sábados, nas instalações da Faculdade de Comunicação Social da UERJ, Sala RAV-102, Bloco F – UERJ Campus Maracanã. Poderão se inscrever nas Oficinas Conrerp 2011, em um ou mais módulos, em ordem prioritária:

Programa:


TEMAS
INSTRUTOR (ES)
Out/11


Dia 22
Como Treinar Porta-Vozes
Lala Aranha
Tania de Rezende Cozzi
Dia 29
Como usar a Web 2.0 nas Relações Internas e Externas
Muriel de Paula
Roney Belhassof
Nov/11




Dia 19
Como Prevenir e Gerenciar Crises Corporativas
Monica Medina
Terezinha Santos
Dia 26
Ombudsman: Como Desenvolver uma Ouvidoria
Alexandre Coimbra
Dez/11




Dia 3
Gestão e Marketing de Iniciativas Culturais
Manoel Marcondes Neto
Lusia Angelete Ferreira
Dia 10
Relações com a Mídia e Stakeholders
Ana Maria Bueno Machado
Anna Catarina Siqueira


Mais informações pelo site: www.conrerp1.org.br/oficinas2011.

Inscrições: Secretaria do Conrerp/1ª. Região 2224-9315 e 2262-9352 ou e-mail: conrerp1@conrerp1.org.br.

Apoio:

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Conferp lança Consulta aos Profissionais de Relações Públicas


O Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas - Conferp, está lançando a partir do mês de outubro o Programa de Flexibilização da Legislação.

Essa iniciativa ocorreu por razões importantes apresentadas no mercado e vividas pela profissão e categoria profissional de Relações Públicas, que condicionam o desenvolvimento profissional dos formados na atividade.

Também tem como objetivo reposicionar o Sistema Conferp para atuar de modo alinhado com o mercado atual e visa fortalecer seu posicionamento junto à categoria e a sociedade.

O programa consiste de uma consulta aos profissionais de relações públicas sobre a flexibilização da legislação e propõe alternativas legais com a apresentação de duas resoluções normativas que darão condições para o registro de profissionais graduados em outras áreas e que tenham especialização em relações públicas e já trabalhem na área.

No ano de 2010, os profissionais de relações públicas tiveram a oportunidade também de participar e expor suas opiniões e idéias em relação a temas como Legislação, Fiscalização, Adequação e Posicionamento do Sistema Conferp e de suas ações.

O tema Flexibilização da Lei recebeu algumas críticas, mas em sua grande maioria os profissionais se manifestaram favoravelmente pela abertura, justificando que há a necessidade da regulamentação profissional se adequar a uma nova realidade. Por isso, este movimento de discussão do processo de abertura proposto pelo Sistema Conferp e que se inicia agora foi, entre outras razões, motivado pelos profissionais que se manifestaram naquela consulta.

A consulta está disponibilizada em site www.conferp.org.br/consulta e é dirigida aos profissionais de relações públicas para que se manifestem a respeito das propostas apresentadas pelo Sistema Conferp. Ela também está aberta a profissionais que atuam na área, mas não são formados em relações públicas.
Com essa iniciativa, o Sistema Conferp dá início ao debate oficial em torno de um assunto que vem sendo discutido há décadas no âmbito da categoria profissional.

Agora a categoria profissional de relações públicas terá a oportunidade de participar direta e oficialmente da decisão que a profissão e categoria desejam para o seu próprio futuro.

O plano de consulta faz parte do Planejamento Estratégico do Conselho Federal e tem o objetivo de envolver a categoria e promover o debate e a reflexão de todos para que juntos caminhem no sentido de encontrar as melhores e possíveis soluções de acordo com a vontade e o desejo da maioria dos profissionais.
O Conferp entende que cada um, e no seu conjunto, é responsável pelos desígnios da profissão no mercado de trabalho.

Dessa forma inédita, o profissional tem agora em suas mãos o poder de decisão sobre os próprios desígnios da profissão e da categoria profissional.

CONFERP
Sistema CONFERP foi criado pelo Decreto-Lei 860, de 11.09.69. Sua instalação, porém, só ocorreu após a publicação do Decreto 68.582, de 04.05.71, que regulamentou o mencionado decreto-lei.

Deve-se ressaltar que a criação da entidade se deveu à publicação da Lei 5.377, de 11 de dezembro de 1967, “que disciplina a Profissão de Relações Públicas e dá outras providências”, e de seu Decreto Regulamentador, de número 63.283, de 26 de setembro de 1968, “que aprova o regulamento da Profissão de Relações Púbicas de que trata a Lei 5.377, de 11 de dezembro de 1967″.

Relações Públicas

Relações Públicas surgem como atividade e o esforço deliberado, planificado e contínuo para estabelecer e manter entre uma instituição pública ou privada e os grupos e pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada, constituem o objeto geral da profissão liberal ou assalariada de Relações Públicas.

Como função de comunicação, as Relações Públicas se dá de forma organizada, aplicando-se técnicas de segmentação de públicos de interesses comum. Cria canais de comunicação desenvolvendo ações que determinam abordagens e linguagens específicas para uma comunicação efetiva entre a empresa e seus públicos.

Para mais informações:
(61) 3224-3183/ 3226-7550
Themis Santos
Assessoria de comunicação
Conferp

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Instabilidade das relações de trabalho contemporâneas

Como a Comunicação Interna e a Gestão de Pessoas podem atuar neste contexto


*Margareth Dias Machado


A sociedade contemporânea vivencia um tempo em que as relações sociais estão baseadas em características tais como, flexibilidade, instabilidade e curto prazo. Neste contexto, verificamos mudanças drásticas de parâmetros para se pautar a vida, encontrando implicações também nas relações de trabalho que, inevitavelmente, acompanham estas mudanças e se estabelecem num cenário corporativo diferente daquele em que o longo prazo, a estabilidade e a rigidez vigoravam.  
Diante deste novo cenário é pertinente refletirmos sobre a atuação da Comunicação Interna e da Gestão de Pessoas dentro das organizações, pois estas duas áreas, por lidarem diretamente com a força de trabalho de uma organização, necessitam acompanhar as transformações e propor novas soluções. Sennett (2009) alerta que, na atualidade, as empresas privilegiam relações frouxas e passageiras, concretizadas por meio de redes flexíveis, organização dos funcionários em equipes para assim trabalharem em projetos de curta duração e a exigência de compromisso, além do desejado pelos funcionários, para com as atividades da empresa. (SENNETT, 2009, p. 99-103). A alta rotatividade presente no atual ambiente corporativo também é resultado da descontinuidade que vem tomando conta do ambiente profissional e é resultado não só das demissões, mas também da disposição da força de trabalho atual de sair de uma empresa em busca de outra oportunidade que seja mais atraente.
O desafio, portanto, está lançado aos profissionais responsáveis pela Comunicação Interna e Gestão de Pessoas de uma organização, pois é necessário lidar com nuances trazidas por um novo contexto. E, ao pensarem em formas de lidar com essas novas características e comportamentos, presentes nas atuais relações de trabalho, será mais do que necessário levar em conta também a diversidade com que é constituído o público interno, que devido à flexibilização, compreende vários tipos de contrato de trabalho: “[...] prestadores de serviço, cooperativados, funcionários de carreira, freelancers, terceirizados, home office entre outros”  (ESTRELLA;FERNANDEZ, 2009, p.128).
A importância de atribuir à Comunicação Interna e à Gestão de Pessoas a tarefa de atuarem dentro deste novo cenário, considerando as peculiaridades das relações de trabalho atuais, deve-se ao papel fundamental desempenhado pelo público interno para que uma organização desempenhe suas atividades, daí o fato de esse público ser considerado “[...] um público estratégico e multiplicador dos mais importantes de uma organização”. (KUNSCH, 2003, p.121).
Essa tentativa de restabelecer aspectos importantes que foram deixados de lado nas relações de trabalho, como o compromisso, engajamento, motivação, envolvimento, longo prazo, etc. visa a trazer para o ambiente corporativo um cenário propício ao desenvolvimento de uma relação que ofereça benefícios tanto para a organização quanto para os funcionários. Esse equilíbrio deve ser buscado para que ambos possam ter suas necessidades satisfeitas, e é nesse ponto que a Comunicação Interna e a Gestão de Pessoas devem atuar, já que interagem com o público interno e precisam estar atento às suas características, insatisfações, necessidades e assim desenvolverem estratégias de relacionamento que estabeleçam um ambiente organizacional favorável.
A postura de reconhecer verdadeiramente o público interno como parceiro essencial para que a organização desempenhe suas atividades e a humanização das relações de trabalho são aspectos que não podem ser abandonados, principalmente diante desta nova conjuntura.
 A área de Gestão de Pessoas, ao desenvolver os seis processos organizacionais: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas (CHIAVENTATO, 2004, p.528) pode contribuir para que a relação empresa-funcionário seja estabelecida de forma benéfica, justa e humanizada, assim como a área de Comunicação Interna que para criar uma comunicação coerente e eficiente necessita conhecer as características da força de trabalho.
O primordial é que mesmo diante de mudanças que tragam prejuízos para as relações trabalhistas estejamos atentos a formas de amenizá-los, e se possível bani-los, para dessa forma impedirmos que essas relações pereçam. As práticas de Gestão de Pessoas e Comunicação Interna, ao estarem direcionadas para o relacionamento com os funcionários, não podem utilizar velhas concepções para atuarem junto às transformações do mundo do trabalho. É preciso repensar suas estratégias, conceitos e elementos e voltá-los para a nova realidade a fim de, no curto prazo, amenizar os efeitos das características do atual cenário corporativo, e, no longo prazo, recuperar valores como engajamento, estabilidade e vínculos fortes entre empresas e funcionários.

*Margareth Dias Machado é graduada em Comunicação Social, habilitação em Relações Públicas, pela UERJ. Atualmente, é assessora de imprensa do Departamento Cultural da UERJ. Sua monografia foi indicada ao Prêmio Ser Humano, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH – RJ), na categoria trabalhos acadêmicos.

Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2. ed. rev. e atual.Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 529 p.
ESTRELLA, Charbelly; FERNANDEZ, Rosane. A importância do público interno na comunicação institucional: a produção de evento como recurso estratégico. In: ESTRELLA, Charbelly; BENEVIDES, Ricardo; FREITAS, Ricardo Ferreira (org.). Por dentro da comunicação interna: tendências, reflexões e ferramentas. Curitiba: Champagnat, 2009. 223 p.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus Editorial, 2003. 417 p.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do caráter no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2009. 204 p.