quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Relações Públicas: cada vez mais relacionamento e estratégia

Artigo publicado originalmente no site da In Press Porter Novelli no dia 2 de dezembro - Dia Nacional das Relações Públicas


Hoje, 2 de dezembro, é o Dia Nacional das Relações Públicas. A área, considerada mais estratégica e valorizada nos dias de hoje, engloba funções de planejamento, desenvolvimento de projetos e pesquisas para a comunicação interna e externa, gestão de relacionamento e imagem das empresas e instituições, entre outras atividades.

O século XXI é considerado o século da excelência em comunicação, da tecnologia de informação, sendo a comunicação o bem mais precioso. As empresas e instituições - públicas e privadas - estão reestruturando as estratégias assumidas na forma de ser, agir, comunicar, vender e de se relacionar com seus públicos, investindo no relacionamento como diferencial competitivo.

Com o crescimento das tecnologias e do uso das redes sociais, os clientes estão mais exigentes e informados. Conceitos como sustentabilidade, ética, transparência, responsabilidade social, entre tantos outros, tornaram-se essenciais para a dinâmica de sustentação empresarial, porém precisam ser melhor utilizados.
Diante dessa nova realidade do mercado, a demanda por profissionais capacitados para gerenciar esses relacionamentos de forma ágil e eficaz vem crescendo muito. E é nas Relações Públicas que as organizações encontrarão profissionais mais capacitados para encontrar as soluções competitivas que farão com que a instituição seja reconhecida e legitimada.

Por muito tempo e, infelizmente ainda hoje para algumas empresas, Relações Públicas era fazer o cliente aparecer na mídia. E isso bastava. O anúncio da década de 70 ilustrado acima mostrava exatamente esse momento das Relações Públicas: empresas faziam qualquer coisa para virar notícia.

Hoje a situação é bem diferente. Ouso afirmar que as Relações Públicas nunca foram tão necessárias como agora. E não sou só eu que penso isso: Nizan Guanaes em artigo publicado em 20 de setembro de 2011 na Folha de São Paulo afirmou que é com as Relações Públicas que as marcas brasileiras conseguirão ganhar o mundo. O último levantamento sobre o mercado feito pelo Conselho Regional de Relações Públicas de São Paulo estimou que o setor avança 15% a cada ano. No mercado americano, a revista Inc colocou Relações Públicas entre as melhores indústrias para se iniciar um negócio em 2011 e dados da IBISWorld prevêm crescimento anual de 6% ao ano, pelos próximos cinco anos.

E a tendência é que cresça mais e mais. Hoje, o profissional de RP precisa estar atento a cada movimento dos clientes da instituição para qual trabalha, afinal, qualquer pessoa pode utilizar as mídias digitais para falar bem ou mal das marcas. Casos negativos só podem ser resolvidos com ações efetivas, concretas e alinhadas à realidade e isso só se consegue com o desenvolvimento de estratégias eficientes de relacionamento com os públicos de interesse das empresas e instituições. A importância desse trabalho é tamanha que as empresas que não colocarem as práticas de Relações Públicas dentro de sua filosofia e missão, provavelmente, irão sofrer as consequências da falta de diálogo e estarão fadadas ao fracasso, afinal, os consumidores estão cada vez mais cidadãos e querem ser ouvidos e atendidos.

Edward Bernays, um dos pioneiros das Relações Públicas afirmou "A principal missão das Relações Públicas é mudar, tanto a política que cria quanto a atitude do público de modo a produzir uma ligação entre ambos". É justamente nesse relacionamento estratégico e na correta utilização dos esforços de Relações Públicas que devemos pautar nossas ações. É nas Relações Públicas que o cidadão poderá encontrar proteção contra empresas não transparentes, resultados de pesquisas de opinião divulgados parcialmente ou mesmo comunicados ou relatórios falaciosos e sem credibilidade. É essa atividade que planeja a comunicação de forma estratégica e colabora para que não existam fatos ou motivos para a existência de más relações entre as instituições e seus públicos estratégicos.

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